domingo, 6 de dezembro de 2009

Crónicas de viagens ou crónicas de caminhadas

caminhada a Fermentelos

 
...“mais vale tarde do que nunca” ou “ mais vale muito tarde do que nunca” como proverbiou José Saramago na sua obra literária Caim, dirão vocês, quando esta crónica for para o ar, ou, mais propriamente,  para o sítio do “Botandar”.
              Será que noto algum  “brilhozinho nos olhos” ou é impressão minha, claro que é impressão tua, olha-te ao espelho, (literário) foi de mestre esta figura de estilo. Bem, com “brilhozinho ou sem brilhozinho nos olhos”, aqui vai a crónica da caminhada a Fermentelos, ou às origens do grão mestre caminheiro Alberto Pires da Rosa, nado e criado (em tempos idos de meninice) em Fermentelos, paraíso celestial, o Eden antes do pecado original.  Para que não fique esta crónica maculada, também, pelo pecado original, feito por quem tem a origem em Fermentelos, em abono do sem pecado aqui se diga que os caminheiros que avançaram de Aveiro com com destino a Fermentelos não foram três, um em Peregrinação à nossa Senhora da Saúde, outro a redescobrir a Pateira e outro que  vai ladrar fora, mas há um outro, Pedro Corga, o quarto, que fez a reportagem fotográfica. Como poderíamos esquecer este quarto caminheiro, ele que sacrificou as sua pesquisas literárias, aliás. vistas bem as coisas, o que vale uma pesquisa literária comparada com uma bela caminhada?
              Ó cronista, seria bom que começasses com a caminhada ou, por este não andar, ainda se fica mais tarde do que já estamos, já te conhecemos de ginjeira, paleio é contigo, claro, para isso é que sou cronista. Contudo, já que insistes, aí vai, para memória futura , e para que conste: esta caminhada às origens começou mesmo do ponto de encontro (Café Zinor) às 8 horas e 30 minutos (TME). Não foram necessários meios logísticos para levar os caminheiros ao ponto de partida: o ponto de partida, desta vez, foi no ponto de encontro.
              Lá estavam os quatro, qualquer semelhança com o “Bando dos Quatro” é pura coincidência, diga-se e registe-se já,  não vá o diabo tecê-las, prontos para uma caminhada, que para alguns era de vinte quilómetros bem medidos e para outros era de vinte quilómetros mal medidos, mas bem ou mal medidos nenhum ficou para trás.
              Para trás ficaram o café e os que se temeram e não apareceram, pior para eles, nada têm que contar
A duas ou a quatro lá se foi encurtando caminho e a primeira paragem: Igreja de Nossa Senhora de Fátima, claro que ficámos pelo adro, para reabastecimento do corpo. Não reabastecemos o espírito, Igrejas não faltam e o espírito ainda não precisava de alimento.
Recuperadas as forças, uma olhadela ao itinerário, (cortesia do caminheiro ausente Amílcar, não caminhou mas trabalhou no percurso) uma leitura da toponímia e lá avançámos nós até à “Rua das Vielas que Atravessam”, atravessaram elas, as vielas, tempos e atravessamos nós as ruas e as vielas, nestes tempos, rumo aos tempos das origens.
              O silêncio da manhã nas ruas desertas dos caminhos foi-se embora e deu entrada a conversa: caminhamos desde Esgueira para pararmos em Fementelos, dissemos nós, coitado do cão, disseram elas, duas aldeãs, enquanto tratavam do jardim, coitado do cão? E nós? O cão não pediu para vir, não teve voto na matéria, disseram elas.
              Uma risada, mais um um dito, mais uma graçola e lá foram os caminheiros, os que pediram para vir e o outro que não pediu, ladrou, lá ficaram as aldeãs à espera de sabe-se lá o quê, de outros talvez.
              O caminho foi-se fazendo e as terras e lugares foram ficando. Mais uma leitura no mapa e com encontros e desencontros desencontrámos-nos da rota. (não por culpa do Amílcar, o mapa tinha lá tudo, não por culpa dos caminheiros, leram bem o mapa, desta vez não há culpados, como sempre a culpa morre solteira)
Contudo, tivemos uma ajuda preciosa, pois fiquem sabendo que até nos queriam levar de carro ao rumo certo, mas, como não poderia deixar de ser, passámos ao lado da oferta. Onde se viu a malta do Botandar andar de veículo motorizado, seria tocar a finados em memória da confraria, que ainda não é mas não quer já deixar de ser antes de o ser. Diga-se, porém, que aceitámos corrigir a rota, foi só uma pequena correcção (um grau mais à direita ou mais à esquerda no azimute) e os passos destes caminhantes lá passaram pelos caminhos certos a caminho de terra prometida. Não, não é essa terra que vocês estão a pensar, mas não deixa de ser também a terra prometida, prometeram-nos que lá chegaríamos para visitar a Senhora da Saúde, relembrar a Pateira, ladrar fora e fazer a reportagem, que não estava no programa inicial mas passou a estar no programa final. Programa final, perguntam vocês? Sim, o programa inicial corrigido e aumentado, mais um caminheiro, eram três e passaram a quatro, houve aumento. Deu-te agora para a matemática, continua mas é com a crónica, assim, nunca mais chegas ao fim. Como pode a crónica chegar ao fim se os caminheiros ainda vão no caminho a caminho de Fermentelos.
              Já deixamos  as aldeias e caminhamos com os olhos postos nos sinais, não há que enganar: Já vemos Fermentelos em letras de esperança, poucos quilómetros e a caminhada já está no papo (mais uma na contabilidade) e esta vale  por muitas outras: uma vintena ou mais do que uma vintena de quilómetros, conforme o contador, há-os para todos os gostos, se vão ou não vão a caminhar.
              O dito popular: “morreram na praia” não se ouvirá. O que se poderia ouvir dizer  era o que os caminheiros não disseram mas, quiçá, pensaram: no fim deste caminho, que bom seria ter à espera a dita, mas a dita, para os lados de Fermentelos é coisa que não existe, a Pateira,  sim.
              Aliás, a caminhada tinha o destino há muito traçado e não era a praia, ficará para outros tempos e, por falar em tempos, é tempo destes caminheiros botarem os pés e as patas  no rumo certo, embora as patas já começassem a dar de si.
              O canito bem olhava para ver se haveria por ali um oásis ou algo parecido, nem que fossem uns arbustos, desde que dessem sombra (lembramos aos leitores que a caminhada foi em pleno verão e o sol já tinha cumprido a metade da tarefa)
              Ah! Finalmente, disse o canito, será que ouvi falar em sombra, onde estará? Ali, a um momento, ao alcance da minha uma pata: que frescura, já daqui não saio, como disseram as outras, não pedi para vir e, ó cronista, nem sequer ladrei como disseste, vim contra a minha vontade e contra a vontade da minha amiga e protectora, Gracinda Afonso, (ilustre representante da Casa de Bragança e, penso eu, descendente em linha directa dos Afonsinos) que não quer nada com caminhadas. Ela tem alguma razão quando diz: “já caminhei muito”, como a compreendo, sobretudo hoje, mas por outro lado, também não fujo à outra razão: gosto de acompanhar o caminheiro e  meu amigo de todos os dias. (aqui para nós que ninguém nos ouve: ele deixa-me andar à vontade e os dias das caminhadas levam-me  às origens; é a vida de cão em todo o seu esplendor) Sem querer parecer pretensioso, acho, até, que caminhada sem mim não é caminhada.
              Por falar em caminhada, esta já ninguém nos tira. Cumpriu-se o fado: Um foi em peregrinação à Senhora da Saúde, outro foi redescobrir a Pateira, outro foi ladrar fora e outro fez a reportagem fotográfica.
              Caminho que se caminhou vai ter que se voltar a caminhar: é hora de regressar. A pé? Nem pensar! A não ser que..., ideia que nasce ideia que vinga e ainda mal o diabo tinha acabado de esfregar o olho quando  apareceram as convidadas (Gracinda e Puri) para o almoço  que, diga-se, desde já,  para que não esqueça, estava divinal. (um manjar só ao alcance dos Deuses, às vezes, como foi o caso, os mortais  também o alcançam).
              Caminhantes e convidadas no  Restaurante “Corta-Mar” abancaram, claro, o Canito também abancou, mas à entrada, não possuía livre trânsito, regras são regras.
              “Corta-Mar” onde não há mar ou é saudade ou tem história. Sim, tem história, mas deixemos o sobrinho do Zé Corta-Mar , o caminheiro Alberto contar: Tempos idos, apanhar enguias era quase uma odisseia, assim, a modos, como o gato e o rato,  os amantes de uma caldeirada de enguias sempre com o credo na boca e prontos para dar às de Vilas-Diogo e os defensores  da lei  com vontade de os não deixar ir. Assim, uma bela noite,  um dos amantes do pitéu teve de fugir a sete pés dos legalistas no exacto momento em que já se imaginava dono e senhor de tão belo exemplar. Quem é? Perguntaram os defensores da lei e da ordem. É o Corta-Mar responderam os mirones amigos. Assim foi identificado no registo da contra-ordenação, com vista ao pagamento da respectiva coima, e assim, para todo os sempre, Zé Corta-Mar ficou.
Contada a história é hora de acabar, sem antes daqui enviar uma abraço ao meu amigo, Prior de Fermentelos, Padre Costa Leite, com um pedido de perdão pela perdoável falta  de não o ter visitado, fica para a próxima...,caminhada, se acontecer para estes sítios...
 
c de barros              

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Crónica de viagens ou crónica de caminhadas

No poupar é que está o ganho”, ditou o caminhante José Carlos que, por via do ditado, não se poupou a esforços para ganhar o almoço, dois santieiros de se lhe tirar o chapéu, vê-se que tem queda para as finanças, quanto não vale ter em casa uma especialista em matéria financeira?
Esforços feitos, almoço no papo, cantou o esforçante, sob o olhar e ouvido atento da caminheira Teresa Martins, mas deixemos, por ora, a cantata na boca de quem a cantou (sem demérito para o cantador) e avancemos passo à frente de cada passo até ao achamento do almoço, que se achará, lá mais para a frente, na crónica e no tempo, mesmo à vista da ponte de São João do Loure, testemunha silenciosa deste e de muitos outros achados e, quem sabe, perdidos. Mas voltemos, então, ao tempo e espaço desta caminhada, com os primeiros passos em Angeja, os últimos em Angeja e os do meio em São João do Loure. Eu disse “ao tempo e espaço desta caminhada”? Se assim o disse, em boa verdade, o tempo e o espaço da caminhada não começaram em Angeja mas no café Zinor. ao sexto dia, que já foi de trabalho (que o diga Deus) e que, agora, é de descanso e de caminhadas. (espera este cronista que não venha, deste dito, polémica com a Igreja)
Afinal, a tradição ainda é o que era, à hora marcada, 8 horas 30 minutos (TMG/TME) ou 9 horas e 30 minutos se nos guiarmos pelo meridiano de Berlim ou 7 horas e trinta minutos se seguirmos a hora dos Açores, lá estão os Caminheiros aguardando o sinal do Grão Mestre, Caminheiro Alberto Pires da Rosa. Sinal de partida, claro! Mas de que sinal é que vocês estavam à espera? Nada disso, longe de mim ideias subversivas, tudo às claras, como o dia da caminhada que contrariou os mais pessimistas, os que vêem chuva em qualquer nuvem passageira, o lugar desses não está reservado, aliás, dos fracos não reza a história e esta, com certeza, deles não rezará. Com efeito, no Olimpo Etéreo lá estava Apolo em toda a sua luminosidade, ofuscando Eolo e Neptuno. Organizada a logística, dado o já dito sinal de partida, eis a caravana em marcha até às terras de Angeja, nome que vem do grego, segundo o caminheiro Manuel Sousa Pinto, Dono e Senhor daqueles domínios, onde se fez o natural reabastecimento, numa das pastelarias do burgo, Orquídea de seu nome, pois “quem vai para o mar avia-se em terra”, nada mais certo, o esquecimento do dito já trouxe dissabores aos esquecidos. Aviados, lá se foi pondo um pé à frente do outro ou uma pata à frente das outras, consoante a espécie a considerar. Atravessada a ponte é tarde para voltar atrás, “o caminho faz-se caminhando” e sempre para frente, pensam vocês. Pensam vocês? Sim, não há certezas de nada! Premonições ou adivinhações deste cronista? É o que se contará no futuro e para que de futuro conste. Caminheiros eram doze, independentemente das espécies em marcha, e, por falar em marcha, lá fomos por caminhos conhecidos e, também, por ínvios caminhos, ou por semideiros escusos, como diria o Cronista Mor Fernão Lopes no Prólogo da Crónica de D. João Primeiro. A seu tempo se verá e dirá que caminhos são estes, mas até lá ouçamos o chilrear dos pássaros, o coaxar das rãs, admiremos a beleza ante os nossos olhos, olhemos as delicadas flores amarelas das abóboras a abrirem-se à vida e pasmemos com tanta beleza, mas também ouçamos o caminheiro Amílcar Carvalho e Silva: “por este andar não há bilharacos no Natal”, sentença dum conhecedor destas coisa da natureza que, por estar confusa até dá flor no Outono e, quiçá, abóboras na Primavera.
O Sol já tinha há muito deixado o Oriente e os caminheiros há muito as terras de Angeja quando os conhecidos caminhos, de repente, a lado nenhum vão dar. Primeira paragem e, pelos vistos, forçada, os engenheiros definiram os objectivos, mas esqueceram-se das estratégias. Mas engenheiro é engenheiro e do nada nasce a solução: passos que pisam os passos já feitos e outro caminho se acha e lá continua a caminhada pelo verde dos campos e pelo verde da esperança de não pisarmos duas vezes os mesmos caminhos, para isso temos o Canito, representante máximo do ir e voltar. Aqui para nós que ninguém nos ouve ( só lê) parece-me que ele já desconfia que o estamos a imitar. Só nesta caminhada, ah! engenheiros, pisamos os mesmo caminho não uma, nem duas, nem três, mas, seguramente, quatro, e mais não conto para não falar como falam as más línguas que juraram, a pés juntos, que, no caminho para Angeja, estávamos a ir via São João do Loure. Afinal, eram mesmo más línguas, não se confirmou tanta certeza científica, porventura uma aproximação. Eram só bocas ou talvez não, que o digam as pernas, que só contavam com uns míseros 10 km e, novamente, as bocas que vão apregoando que já cá cantam, nas pernas, claro, uma boa quinzena, no final da jornada, leia-se.
Voltemos atrás, não no caminho, que desse já temos a respectiva conta, mas na crónica, e sentemo-nos (figurativamente, pois não fomos convidados) à mesa, não do orçamento, isso é para outros figurões, mas do José Carlos e da Teresa Martins e saboreemos uns santieiros salteados, que são de trás da orelha, que o digam estes caminheiros e a família que juntaram o útil ao agradável, como soi dizer-se. Mas afinal que conversa vem a ser esta perguntam vocês? De que fala o cronista? Ah! Não sabem? Vão distraídos e não notam os pequenos grandes pormenores das caminhadas. Era o que faltava, para isso existem os cronistas, dizem vocês. Está certo, cada um vê o que quer e à sua maneira, mas depois não se queixem de que não viram e de que não sabem. Bem, deixemo-nos de especulações filosóficas e regressemos aos santieiros, vulgo cogumelos, míscaros e sei lá que mais, confesso que não sou um estudioso da matéria, O que sei é que estava a caminhada a aproximar-se da ponte e eis que lá estavam eles em toda a sua natureza, a desafiar os entendidos, como que a dizerem: levem-me e regalem-se. Claro que já os da dianteira por eles tinham passado, mas nada viram, ou nada ligaram. Contudo, o verdadeiro conhecedor, não podia ficar na indiferença, seria um crime de lesa Majestade, ali mesmo à mão de semear e, para mais, de borla, sempre se poupam uns cobres. E se assim o pensou melhor o fez. Lá foram os dois santieiros parar primeiro para o saco e depois para a mesa, em forma de almoço, claro, mudança de espaços tão só! Diga-se que não vão para a mesa do Rei, mas bem podiam ir, tal a beleza dos exemplares, não deslustrariam real mesa!
Bem, deixemos esta famíla entretida com o achado e voltemos aos passos, não os perdidos, mas os ganhos, que serão contados a final, e dão prémio, um repasto à altura dos caminheiros e dos caminhos, pois são os caminhos que fazem os caminheiros. Ele há caminhos e caminhos e estes foram menos caminhos e mais descaminhos, que não são sempre maus, refira-se que estes descaminhos até deram para o repóter fotográfico e realizador, Pedro Barros, reflectir sobre a figura da anamnese no discurso literário, sem prejuízo do cumprimento do seu dever profissional, como, aliás, se pode comprovar no sítio do Bot´andar.
A caminheira Mariana Pires da Rosa é que não deu por mal caminhados os passos perdidos, para ela os passos foram sempre os achados, não passou pelo tempo dos descaminhos, andava noutra! E enquanto alguns caminheiros procuravam desatar os nós que outros tinham atado, ela voava, para onde não sabemos, nem nem ao caso vem a propósito.
Por falar em propósito, voltemos ao propósito desta crónica e deixemos voar quem quer. Então, continuemos: atravessada a ponte, os caminheiros deixaram o verde da erva, o cheiro da terra, o som do vento e dos pássaros e pisaram a dureza do alcatrão, mas por pouco tempo, que isto é malta mais virada para a natureza. Refira-se, a propósito, que outra coisa não seria de esperar: caminhar no alcatrão já basta no dia-a-dia, que o diga o canito, que até se rebola pelos caminhos, que cheira a terra e cheira outras coisas, tão naturais como a dita. Perguntem-lhe se faz o mesmo pelas avenidas de Esgueira, está quieto ó mau, ele é cão mas não é tolo, sabe o que é bom, por isso, não falha uma caminhada e se falhou alguma não foi por vontade própria.
Apolo há muito que deixou o Olimpo e já vai a meio do seu percurso e nós já vamos no fim do nosso e já vemos a olho nu a ponte de Angeja, é hora de chegar e é hora de partir …, até à próxima caminheiros.


de barros

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bot'andar em vídeo, caminhada 11

Aqui está um vídeo que preparei com alguns passos da caminhada nº 11, que servirá para complementar as fotos e a crónica (ou não!)



(Atenção, não me estava a referir à "não-crónica", mas sim à "não-complementaridade" do vídeo! hehe)

Avante, caminhadas! ;oP

domingo, 1 de novembro de 2009

Fotos da caminhada nº 11

Cá estão algumas fotos da 11ª caminhada Bot'andar...
(Desta vez vão a tempo, mesmo antes da crónica!)

































Aqui estão as placas que confirmam a realização da caminhada...







(Contra fotos não há argumentos!)

Todas as fotos da caminhada, AQUI...


Até sempre, caminhadas! =)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Caminhada nº11 2009

Dia: 31 Outubro 2009

Percurso: Pelas margens do Rio Vouga - de Angeja a SJLoure (ida e volta)

A Ficha Técnica:
Distância: 12,5 km
Tempo Previsto: 03h00m
Nível Dificuldade: Baixo

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h15 Inicio percurso.
12h15 Fim percurso
12h30 Esgueira


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E a contribuição para a cultura, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Canalizador analista de canos
Canelada petisco preparado com muita canela.

Amílcar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Caminhada nº10 2009

Dia: 24 Outubro 2009 -sábado

Percurso: PR2-Trilho das Levadas

Na Zona de Valongo- Câmara Municipal de Águeda

A Ficha Técnica:
Distância: 7,5 km
Tempo Previsto: 02h00m
Nível Dificuldade: Baixo

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h30 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Esgueira

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E a contribuição para a cultura, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Cabeçalho: diminutivo da cabeça do alho..
Caçarola: o mesmo que caçapomba.

domingo, 27 de setembro de 2009

Caminhada Nº9 2009

Dia: 03 Outubro 2009

Percurso: Desde Paraia da Granja (depois de Espinho) até Gaia, sempre pelos passadiços junto ao mar!!

Vamos de comboio até à Estação da Granja

A Ficha Técnica:
Distância: 17 km
Tempo Previsto: 03h45m
Nível Dificuldade: Médio/Baixo Plano, Sempre junto ao mar


As Horas:
08h00 Em frente à Estação da CP, lado Esgueira/lado do estacionamento.
08h17 Comboio
08h58 Chegada à Granja
09h30 Inicio percurso.
13h15 Fim percurso
14h30 Inicio do Regresso....de comboio

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E a contribuição para a cultura, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Cabeçalho – diminutivo da cabeça do alho..
Caçarola – o mesmo que caçapomba.

1abrç
Amílcar

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Caminhada n. 8 2009

Caríssimos:
Aqui vai uma proposta indecente para Domingo que vem. Eu, o Carlos Corga, acompanhados pelo WALLY vamos de Esgueira a Fermentelos, se conseguirmos. Um vai em peregrinação à N. S. da Saúde, outro vai redescobrir a Pateira e outro vai ladrar fora.
Há alguém interessado?
Saída às 8h30m da Zinor.

sábado, 9 de maio de 2009

crónicas de viagens ou crónicas de caminhadas

“Faz a hora não espera o acontecer” é a marca de água da comandita do “Bot´Andar”, que não espera que aconteça o dia, é tudo estudado a preceito e com a devida antecedência, não vá alguém fazer a hora para outros sítios, e não é que aconteceu mesmo, logo hoje que resolvo trazer à colação (não há cidadão que se preze que não tenha esta máxima à espreita do momento certo para brilhar) este sagrado princípio da programação. Afinal não há antecedência nem preparação prévia que nos valha, eu conto: a caminheira Teresa lembrou-se de avançar, com armas e bagagens, sobre Lisboa, (causa próxima como sói dizer-se em História: o 25 de Abril que está aí a chegar) deixando os caminheiros deste lagunar percurso sem especialistas nestas coisas do ambiente. Curiosos sim, havia muitos, que puxa daqui, puxa dali, lá foram entretendo o pessoal com curiosidades mais ou menos científicas, sobre a fauna e a flora que ia acontecendo ante os nossos olhos, verdadeiramente encantados, senão mesmo extasiados com a beleza desta região. Com tanta conversa, quase que ia deixando os leitores, mais propriamente, os eventuais leitores (acho que agora está melhor) sem norte, perdidos, sem saber onde colocar o pé, mas eu norteio já: desta vez, ou seja, mais exactamente, no dia 4 de Abril, aconteceu o Baixo Vouga Lagunar, percurso com cerca de 10 quilómetros, com um desnível de cerca de 10 metros e com um grau de dificuldade baixíssimo, (segundo a ficha técnica) aliás, propício a um caminhar descansado, fruindo o tempo e o espaço, que nestas coisas das caminhadas, muitas vezes não aparece, é só caminhar, olhos que fitam tão só o ponto do infinito, que é o fim do percurso, uma espécie de papa quilómetros, mas desta vez não, houve tempo para tudo. Sim, digo e afirmo, deu para tudo, para lembrar Luís de Camões,

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

para lembrar Frederico Garcia Lorca: “Verde que te quiero verde. Verde viento. Verdes ramas…”, admirar o voo dos pássaros, parar junto à comporta, (que afinal é semporta e que obrigou a uma alteração ao percurso, mais exactamente voltar aos passos já passados) olhar os cavalos e as vacas no pastoreio, ouvir o coaxar das rãs, o cantar da carriça, o saltitar do melro, o voo da cegonha, em suma, vimos e ouvimos a natureza em toda a sua magnitude e magnanimidade. Uma miríade de sons, sim, miríade, pois os sons eram também cores, era a beleza aquele momento que pára o tempo e pára no tempo. Por falar em parar vem-nos à ideia: descansar, andar, correr. (o cérebro tem destas coisas, faz associações de ideias, pensa muito)Por falar nem correr: corre o tempo, parece que hoje não corre, vai mais devagar, mas não, o tempo corre sempre com o mesmo tempo. Quem também corre e muito, é o “canito”, não pára um momento quieto, ou melhor, desta vez parou à frente de dois ruminantes: não é que o “Wally”, nome oficial do “canito”, passou-se dos carretos e foi meter-se com duas vacas que se banqueteavam com um delicioso pasto, sujeito a ouvir, ou dito de outro modo, sujeito a levar uma marrada, que só não aconteceu por mero acaso, por mero acaso não, pela acção diligente do caminheiro Alberto, que lá conseguiu convencê-lo a seguir viagem e a deixar-se de habilidades caninas. Mas não, este “canito não se deixa convencer facilmente, é a prova provada da máxima, “o berço o deu a tumba o leva”. É verdade, vejam lá que não contente com isto, o arrojado “canito” meteu-se ou quase que se ia metendo (vá lá, não se meteu, andou pela periferia) do resultado dos processos digestivos dos corcéis que por ali pastaram, do equídeo presente, mesmo ali à pata de semear, ou melhor, às costas de semear. Foi um ver se te avias, aquilo é que foi esfregar-se, rebolar-se, nada que um bom banho não resolva, a água lava tudo, até já lava a alma, pelo menos de alguns. Mas deixemo-nos de angústias, que a caminhada não merece, haja alegria e boa disposição para comungar com a natureza, tão bela, tão perto das gentes e tão desconhecida. Vamos lá, está na hora de abrir o maravilhoso aos olhos das gentes, tão arredias da beleza, do encanto. Ó Senhores responsáveis! Coloquem no mapa o que resta do paraíso. Bem, continuando lá continuámos com toda aquela profusão de cores e sons e manifestações de galanteio (alguém que faz a corte a outro) e tudo o mais que queiram, nada faltou. A final lá fomos submetidos a uma prova oral sobre a fauna e a flora desta região. Claro que, como é hábito, só alguns foram chamados, os outros esconderam-se atrás dos companheiros e lá se safaram. Mas há sempre alguém que não escapa à chamada oral. Em sorte, coube a este que agora vos escreve esta crónica dissertar sobre a “carriça” e sobre a “cegonha branca”. Parece que não correu mal, mas a nota ainda não foi publicada. (o júri anda muito atarefado).

até breve

de barros

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Caminhada nº7 2009

7 º TOCANDAR de 2009.

Dia: 09 de Maio 2009



Percurso: Cabreia e Minas do Braçal (Sever do Vouga)

A Ficha Técnica:
Distância: 10 km

Tempo Previsto: 02h30m
Desníveis: alguns

Nível Dificuldade: Média



As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h30 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Regresso



Inscrições: Todos os que aparecerem estão inscritos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Crónicas de Viagens ou Crónicas de Caminhadas…

Esta crónica chega com algumas semanas de atraso, melhor, com uma caminhada de atraso, em relação à data em que, supostamente, deveria estar publicada e pronta a ser lida com toda atenção e cuidado. (mede as palavras cronista!) Está bem, admito, lida, em diagonal. (vá lá, agora já não está má de todo, mas é bem verdade o que para aí se diz: “presunção e água benta cada um toma a que quer”) Com toda esta conversa, começo a duvidar que haja alguém de bom senso que perca tempo a passar os olhos por esta crónica! (não há nada com a dúvida metódica) Última questão: será que esta crónica vai ser objecto de leitura? (Que fino! Objecto de leitura! Enxerga-te!)
Passemos aos factos, afinal o interesse de uma crónica de viagem ou de caminhada não são os supostas intenções de leitura, (por mais nobre que seja a intenção e o acto) mas os factos. Passemos, então, aos factos, pois, contra factos não há argumentos que valham, ou há? Bem, deixemos essa matéria para os especialistas. (bem dito, não queira o cronista subir além da crónica) Comecemos então a crónica: a noite adormece e os caminhantes do sono acordam. Abrem os olhos, olham o dia, citam Camões: “... a nova luz que ao Sol precede mostrara o rosto angélico e sereno...” e lá vão a caminho do ponto de encontro.
Às 8 Horas da manhã, a bem ver, às 8 Horas da madrugada, recorda-se a todos os que não sabem que a jornada foi a um Sábado, daí a indefinição, a dúvida, manhã ou madrugada? Fiquemos com a dúvida e digamos: às 8 Horas, do dia 28 de Fevereiro, do Ano da Graça de 2009, ou melhor, do Ano da República de 2009, juntaram-se, no local há muito combinado, para mais uma jornada, os membros fundadores e os amigos desta novel associação ou congregação, ainda sem denominação jurídica, mas já conhecida e virtualmente registada como Bot´Andar. (fica para mais tarde o seu registo nos termos e em conformidade com os homens e com a lei)
Continuando: os caminhantes postados em frente ao Café Zinor, (o tal sítio há muito combinado como o ponto de encontro) lá estão aguardando por um ou outro retardatário, embora eu possa dizer, para que conste, que estes caminheiros primam pela pontualidade, algo raro nos dias de hoje. Mas, que vejo eu? Será que estou a ver imagens em duplicado, ou serão, de facto, o dobro, ou quase o dobro dos caminhantes? Verdade verdadinha, esta caminhada com destino marcado: do Poço de Santiago às terras de S. Martinho (Pessegueiro do Vouga) teve a adesão de mais uma boa meia dúzia de amigos do caminhar, ao todo passamos, creio eu, a ser 18 ou 19. Tenho de recorrer às imagens gravadas. (ah! a memória do cronista, pelos vistos, já não é o que era) Já fui ver! E, agora, com o exacto rigor: éramos 17 caminheiros, incluso, no grupo, um especialista pronto a curar alguma mazela do foro musculo-esquelético, por força de algum tropeção ou pé mal colocado. Graças a cada um, tal não se veio a verificar, para bem de todos e para mal do especialista que não teve oportunidade de pôr à prova os seus dotes de curandeiro. (Quero aqui deixar ressalvado que, nos 17, estava, como não podia deixar de ser, o “Wally, mais conhecido pelo “canito”)
O início dos passos do percurso começou no fim, mas que coisa mais estranha! Começar no fim? Perguntam vocês, os leitores. Sim, repito, no fim do percurso anterior, ou seja, no Poço de Santiago, mais propriamente na Ponte sobre o rio Vouga, que nos leva por caminhos de Paradela.
Botas a caminho para todos e asas nos atacadores para alguns, os mesmos, os do costume, os da dianteira. (seguem a velha máxima, “candeia que vai à frente alumia duas vezes”) Não, não é dor de cotovelo, talvez dores de pernas, ou de pés, mas, claro que não poderíamos ir todos lado a lado, a estrada ou a ciclovia não tinha espaço suficiente, sobretudo desta vez com a comitiva a aumentar. Bem, voltemos ao assunto, (mas que mania a deste cronista de meter outros assuntos, outras questões pelo meio) vamos ao que interessa: botas andar que se faz tarde, pois “o caminho faz-se caminhando”, como dizia o outro. E lá foram os caminheiros, cada um com os seus pensamentos, olhando para toda aquela beleza feita de muitos tons e de muitos sons; olhando para o rio que dormindo ainda sonha chegar ao seu destino, tal qual com nós os caminhantes, que vamos, também pensando no destino, não no sentido filosófico do termo, mas no seu sentido mais simples, mais terreno, o destino: Pessegueiro do Vouga, próximo destino e depois Poço de Santiago o outro destino, que é o mesmo, mas não o próximo, mas o mais distante, o do regresso.
Passos atrás dos passos ou passos à frente dos passos lá vão os caminheiros. À frente, eis que aparece, um túnel com a luz ao fundo. Parece-me que qualquer túnel tem sempre uma luz ao fundo, senão não era túnel, era, talvez, um semi-túnel. A luz pode estar mais longe ou mais perto, mas há sempre uma luz a indicar-nos o fim, até apetece às vezes não ver essa luz, deixar tudo como se estivéssemos a ver um semi-túnel. Atravessado o túnel e a luz ao fundo lá continuámos o caminho.
Eis senão quando “vem-nos à memoria uma frase batida” “minha laranja amarga e doce”, canta o poema e canta o caminhante e companheiro desta lides, Manuel: quem a quer, é baratinha, (não a Baratinha do João Ratão, essa é outra história) é ao preço da chuva, (neste caso, ao preço do sol, não faz sentido falar em chuva num dia como este) olhem bem, apreciem esta boa fruta, vamos lá pessoal. Mas, pelos vistos, este caminhante, pode ter queda para muitas coisas, mas para vender laranjas não tem queda nenhuma, e quase que nem tinha queda para se ver livre do produto. Finalmente lá despachou as belas e boas laranjas, (afirmo com conhecimento de causa) que não seguiram e nem fizeram jus ao poema, eram laranjas doces. E tanto eram doces que, mais tarde, mas dentro do horário previsto, o nosso companheiro e caminhante Alberto solicitou os bons ofícios de uma Pessegueirense e lá recebeu uma laranja, conforme se encontra amplamente divulgado no sítio do “Botandar”. Espera, mas não desespera, este cronista que a dita (laranja) tenha sido doce e sumarenta. Deixemos por ora a fruta sossegada, aliás, a bem dizer já não havia fruta nenhuma, para mal dos pecados de alguns, tivessem aproveitado a ocasião. (agora “é tarde e Inês é morta”)
A manhã já ia alta, o usual nestas coisas era escrever que o sol já ia alto, mas para o caso e para os devidos efeitos tanto faz, até poderia ter escrito: os caminhantes já iam com fome, com sede e alguns iam muito apertadinhos, ou dito de outro modo, aflitinhos. E se bem sentiram essa aflição melhor fizeram: uma entrada estratégica no Café, ali mesmo ao virar da esquina, antes da descida para a ponte de Pessegueiro, mesmo pertinho da fábrica de massas alimentícias que, com muita pena nossa, já não nos servirá de muito nestas artes do sustento do corpo. Atravessada a ponte: paragem obrigatória noutro Café, mas para os caminhantes da cabeça do pelotão, que de tão depressa que andaram, nem se aperceberam da entrada estratégica dos aflitinhos no café de cima. (vir cá atrás também tem vantagens, vê-se tudo!)
Tratados os males do corpo, que das coisas do espírito o tratamento ficará para mais tarde, deu-nos para admirar as placas de orientação, segundo o novo acordo ortográfico? - Sªº Pedro do Sul , Sver do Vouga. (economia de esforço ou economia de palavras) Vá-se lá saber o que se passa na cabeça das pessoas. A segunda parte da caminhada é o regresso ao ponto de partida, ou seja, Poço de Santiago, com direito a ver a Igreja; um painel em azulejo com a imagem de Nossa Senhora de Fátima e do Anjo da Guarda, encimado com seguinte inscrição: Junta de Freguesia de Pessegueiro do Vouga; (Santa Aliança do Poder Temporal com o Poder Espiritual) uma placa com os nomes dos filhos da terra que foram combater pela Pátria, devidamente protegida por uma Bateria Antiaérea.
Para trás ficaram as curiosidades e para a frente está a vontade de acompanhar os passos do tempo e alcançar o ponto de chegada, que, por acaso, por acaso não, por decisão, foi, também, o ponto de partida.
Caminhados os passos por mais algum tempo, aconteceu o que há muito se adivinhava, a ligação desfez-se; os da frente esqueceram-se de olhar para os que vinham mais atrás e seguiram confiantes o seu caminho. Os que vinham no segundo pelotão pararam na encruzilhada. A dúvida começou a despertar e instalou-se no seio do grupo perseguidor: os da frente? Onde estão? Afinal quem são os da frente? pergunta alguém. Os mesmos do costume, a Teresa e o Manuel e desta vez acompanhados pela Marta, Isabel e Iolanda. Foram pela direita ou pela esquerda? Ninguém sabia! E agora, como resolver a questão? Entretanto foram chegando os mais retardatários. (há males que vêm por bem) O André, o tal que é o especialista em curar as mazelas do nosso esqueleto, ainda se aventurou e lá subiu a ladeira em busca, não do tempo perdido, mas dos caminhantes perdidos, ou supostamente perdidos. Ao fim de algum tempo lá regressou de mãos abanar. Nada achou! Aliás diga-se, em abono da verdade, que a Beatriz já também tinha ido à procura dos perdidos pelo mesmo caminho e, naturalmente, não encontrou ninguém.
Uma telefonadela resolve a questão, lembrou alguém. Telefona-se ao amigo Manuel que tem sempre o telemóvel operacional. Todavia, desta vez, só o silêncio, nem o som de chamada, nem sequer aquela voz que nos diz, à laia de prémio da consolação: “o número que marcou não está disponível”. Desta vez nada!
A caminho, ó caminhantes, o tempo não espera e é hora de ir embora, eles já lá vão com toda a certeza, aliás, qualquer deles sabe ler as marcas de orientação; palavras não eram ditas e aí abalámos nós caminho a baixo, com destino ao início da caminhada que, neste caso, também será o fim.
Eis a ponte de Santiago ao longe, cada vez mais perto, um último olhar, uma subida para testar a resistência, ou a falta dela e o fim da jornada, com a fotografia da praxe.
Fotografia tirada, ( não pelo repórter Pedro que se esqueceu da máquina) companhia desfeita, mas só por algum tempo, pois está prometida nova caminhada, pensada e programada pelo nosso companheiro Amílcar, mais conhecido, entre nós, pelo arquitecto dos percursos.

de barros

Caminhada n. 6 2009

6º º TOCANDAR de 2009.

Dia: 04 de Abril 2009

Percurso: Baixo Vouga Lagunar (vêr texto abaixo)
A Ficha Técnica:
Distância: 10 km
Tempo Previsto: 02h30m
Desníveis: +/- 10mt
Nível Dificuldade: Baixissima

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h15 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Regresso

Inscrições: Quem se inscrever tem de dizer qualquer coisinha sobre uma ave, àrvore ou animal da zona, da seguinte forma:
se o nome da pessoa começa por "A" pode falar na Águia-sapeira, se por "C" na Carriça...etc

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E a nota habitual p/ a boa disposição, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Bugiar – passear até ao Bugio.
Burrego – carneiro que tem a mania que é burro.

1abrç
Amílcar

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Texto

O trajecto do percurso pedestre desenvolve-se em zona de clara dominância do «Bocage», não o "Manuel Maria Barbosa du Bocage"mas...vêr abaixo.

"O «Bocage» corresponde a uma unidade de paisagem bastante peculiar e de rara beleza caracterizada pela compartimentação do espaço rural. Esta compartimentação é feita por sebes vivas as quais são compostas por Salgueiros, Amieiros, Carvalhos, Pilriteiros e Sabugueiros, entre outras. À compartimentação vegetal junta-se também uma densa rede de valas o que faz com que os campos sejam muito pequenos. Neste habitat a diversidade faunística e florística é elevada.

Ao longo do percurso, por entre campos e sebes, é possível observar, e sobretudo ouvir, uma elevada diversidade de espécies de aves, nomeadamente o Melro, a Carriça, o Pisco-de-peito-ruivo, o Chapim-real, o Chapim-azul, o Estorninho, o Guarda-rios, e a Toutinegra, entre muitas outras."-Quercus

e majestosas Águias sapeiras, o Milhafre-preto, o Pato-real,Garças-brancas, narcejas, bicos-de-lacre, maçaricos, diversas espécies de gaivota, mergulhõres, rolas-do-mar

e ainda a Fuinha-dos-juncos, ....

sexta-feira, 20 de março de 2009

Caminhada nº5 2009

Dia: 21 de Março 2009

Percurso: Areão(um pouco mais à frente) -> Praia de Mira (ida e volta)
A Ficha Técnica:
Distância: 9 km
Tempo Previsto: 02h30m
Desníveis: +/- 10mt
Nível Dificuldade: Baixissima

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h30 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Regresso

Inscrições: Todos os que aparecerem estão inscritos.

E a nota habitual p/ a boa disposição, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Balsa – famosa dança bienense.
Biscoito – encontro sexual repetido.

....
1abrç
Amílcar

sábado, 14 de março de 2009

Aqui estão algumas imagens do 4º Bot'andar, com uma comitiva mais alargada :o)















quinta-feira, 5 de março de 2009

Fotos da 4ª caminhada 2009





Para ver o resto das fotografias no álbum, carregue na imagem seguinte:

paradela

terça-feira, 3 de março de 2009

Aqui estão as fotos da primeira parte do percurso da caminhada nº 3, feita junto ao mar. O canito Wally esteve em forma, como é seu apanágio! Vamos ver...
















sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Caminhada nº4 2009

4º TOCANDAR de 2009.

Dia: 28 de Fevereiro 2009

Percurso: Poço de Santiago-Paradela-Pessegueiro

A Ficha Técnica:
Distância: 6km
Tempo Previsto: 02h30m
Desníveis: médios (parte era a linha do comboio)
Nível Dificuldade: Média

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h30 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Regresso

Inscrições: Quem não aparecer não vai.

E a nota habitual p/ a boa disposição, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Bacamarte – espécie de espingarda de raios laser usada em Marte.
Bacteriolojista – indivíduo que tem uma loja de bactérias.

Está disponível a contabilidade dos quilómetros percorridos:
http://docs.google.com/Doc?id=ddns6962_87jzgmj3gq

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

tardias fotos da caminhada nº 1

Olá a todos!

Peço desculpa pela demora... aqui estão algumas fotos do "fotógrafo da expedição" (nome sonante de que não estarei, todavia, à altura):











Até sempre, caminhadas!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Caminhada nº3

Ora cá está o 3º BOT'ANDAR de 2009.
É no próximo dia 7 de Fevereiro, se o tempo e o permitir:

Percurso: Vagueira- Praia do Areão, ida junto ao Mar e com volta junto à Ria

A Ficha Técnica:
Distância: 11,5Km
Tempo Previsto: 02h30m
Desníveis: varia de 5 a 10mt
Nível Dificuldade: Baixa/Baixíssima

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h00 Tomar Café na Vagueira -Bar da Praia
09h30 Inicio percurso
12h15 Fim percurso
12h30 Regresso

Inscrições: Quem aparecer está inscrito.

E nota p/ a boa disposição, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Analista - diz-se da lista telefónica só com Anas.
Anão - ano com mais de 366 dias.
....
http://botandar.blogspot.com/

Penso que o tempo vai estão bom, mas aguardemos:
Sábado, 7 de Fevereiro
10ºC
6ºC
Céu pouco nublado Céu pouco nublado 24% Norte Moderado


1 abrç
Amílcar