quarta-feira, 30 de junho de 2010

Crónicas, Serra da Boa Viagem

Serra da Boa Viagem

Bem poderia esta crónica ter um título mais sugestivo, talvez, crónica de um almoço há muito anunciado, onde já vão os ditos 100 km, isto de medição de distâncias tem muito que se lhe diga. Vá lá, tarde mas chegaram, os quilómetros e o almoço e o regresso à origem não foi feito com a barriga a dar horas.
Desta vez os organizadores merecem nota máxima, no que à inclusão do almoço diz respeito, quanto à caminhada e ao almoço propriamente feito, ainda não estamos conversados.
Como qualquer coisa que se preze, o princípio é fundamental, maus princípios ou maus caminhos não levam a lado nenhum. Não será o caso desta caminhada, todos os caminhos são bons, até prova em contrário, mas, no que respeita a princípios, o caso muda de figura. Atente-se no princípio da convocatória no sítio do Botandar, aí vai a transcrição: “ por uma serra à beira mar” com “grau de dificuldade assim assim”. Quiça, um percurso na base da serra, ali bem juntinho ao mar, que delícia para todos, principalmente para os principiantes.Parece que, desta vez, vinha um ou outro novato, não, esses que vocês estão a pensar ainda não se convenceram da bondade destes passeios pedestres, nem com almoço, lá virá o tempo.
Mas voltemos ao assunto dos princípios: a bondade do princípio da convocatória desta caminhada, na serra e à beira mar, de dificuldade indefinida, não convenceram muito este cronista, a dúvida cá ficou, não deve ser só um passeio pela orla marítima. mesmo descontando os erros de análise de percursos, que, seguramente, não serão a especialidade dos escribas, isto de curvas de nível não é para qualquer um.
Colocada esta questão prévia, avancemos: à hora da partida, sempre a mesma, no local, sempre o mesmo, lá estavam todos, todos é favor, estavam mais que todos, desta vez eram, segurem-se, vinte e cinco caminhantes, aliás, vinte e seis, o canito também esteve à chamada.
Tantos caminhantes não podem vir ao engano, todos leram, percurso na “serra à beira mar”, de “grau de dificuldade assim assim”, seguido de repasto, o dia promete.
Está na hora , organizem-se e botandar.
Uma paragem para um café e, eis-nos, no cimo da serra da Boa Viagem, afinal o que parece não é, o mar fica lá muito em baixo, é só descer, diz alguém, a descer, mas quem desce tem de subir, ou talvez não, pode ser que seja só a descer, o percurso é na “serra à beira mar”, com grau de dificuldade assim assim, reza a convocatária. Uma dúvida não metódica, mas linguística: será que dizer “serra à beira mar” quer tão só falar da localização e não da acção? Bem, deixemo-nos de dúvidas por ora e sigamos o percurso.
Vamos descendo e, como é a descer, podemos ir pensado no repasto, peixe, como não podia deixar de ser, ou não estivessemos nós junto ao Atlântico, o que não quer dizer nada, pois o restaurante tem signo de carnívoro, nada mais nada menos que o Rei Leão, pode ser que apareçam por lá umas boas carnes, para os menos inclinados nestas coisas do mar, talvez a malta mais novinha, que peixe só vê-lo a nadar.
Chegados ao nível do mar, nem deu para molhar os pés, a meta não é cá em baixo, é lá no alto do miradouro, agora me recordo do resto da convocatória, “que oferece vistas únicas” e isso só na serra e no alto, não há que enganar, para a próxima, ler melhor a convocatória.
Vamos lá subir que o caminho espera e o almoço também. Ah! O André também espera por nós na estação, veio de Lisboa de propósito para o respasto, ainda mais sendo no Reino do Leão.
Subindo, subindo, uns mais lá outros mais cá, que nisto das caminhadas, cada um anda ao seu ritmo, uns só têm olhos fixos na meta, ninguém os agarra, outros lá vão olhando e descobrindo o caminho, falando com a natureza, há até quem aproveite para procurar fósseis, alguns vão registando a caminhada em imagens, ouvindo música e uns poucos vão falando, um, seja a subir ou a descer é sempre a correr e só pára quando vê lama, aí é o paraíso para ele, claro, porque para as donas é o inferno, e ainda há este que vos escreve que tem de ir atento a tudo, até aos mais pequenos pormenores, senão o que se escreveria nas crónicas? Às vezes não tem pormenores, nem pormaiores e então é escrever o que vem à cabeça, compromisso é compromisso e a crónica não pode faltar.
Por vezes, nestas coisas de subidas, o coração anda mais do que as pernas, até quer sair do peito e andar sozinho, onde já se viu um coração a andar por aí, manias, há que refreá-lo nos seus ímpetos, umas paragens, de quando em quando, é o remédio adequado.
Finalmente, depois de muito subir chegámos ao miradouro. Neste particular, o organizador disse e bem, “vistas únicas”, valeu a pena a subida.
Novamente a descer, mas de carro, em direcção ao almoço, com passagem pela estação, o André já chegou há horas, quase que dava para conhecer a Figueira.
Uma espera, à espera de vaga, e, o tão anunciado almoço, fez as honras da Casa Sportinguista, cada um comeu o quis, sardinhas, carapaus, lulas, carnes várias, tudo regado com tinto ou branco, frutas, doçarias, café e, penso eu, digestivo para um ou outro.
De barriga cheia, uma vista de olhos pela feira das velharias, ou de forma mais requintada pela feira das antiguidades.
Ao fim da tarde, regresso, até à próxima e bom campeonato, para esquecer a crise.
Valeu a pena, estão de parabéns os organizadores Amilcar e Alberto pela caminhada e pelo repasto.

de barros

sábado, 19 de junho de 2010

Caminhada nº5 2010

Meus Caros:
Cá vai mais um Bot'Andar, quiçá o último antes das férias de Verão.
Por isso será com almoço para quem quiser. Fica à vontade do freguês.
Se quiser vir embora está à vontade. Se quiser almoçar com a rapaziada
então é favor avisar para se poder marcar em Cambra (cuidado que não
há muita oferta. No entanto a que existe é de grande qualidade)

Um abraço e até sábado, dia 26 de Junho.

PR

Detalhes de seguida:

--

5º TOCANDAR de 2010 .
Dia: 26 Junho 2010

Percurso: Trilho Medieval
Na Zona de Cambra-Vouzela
A Ficha Técnica:
Distância: 8 km
Tempo Previsto: 02h 00m
Nível Dificuldade: Baixo

As Horas:
08h30 Em frente Café Zinor-Esgueira.
09h30 Inicio percurso.
12h00 Fim percurso
12h30 Almoço em Cambra(?)


----
E a contribuição para a cultura, retirada do famoso "Dicionário Porrinha":
Golfinho - nome carinhoso que se dá ao Golfo Pérsico.
Gavião - espécie de avião com a fuselagem coberta de penas.

1abrç
Amílcar